A juíza Inês Joaquina Coutinho, da vara da Infância e da Juventude de Teresópolis, visitou, neste domingo (16), o abrigo Pedro Jahara, o Pedrão, onde estão chegando os desabrigados das chuvas da região. Ela desmentiu que as crianças órfãs poderiam ser adotadas imediatamente. A Defesa Civil e a Prefeitura da Teresópolis divulgaram a abertura do processo de cadastramento para casais interessados em adotar crianças que ficaram órfãs na tragédia.
- Estamos aqui para assegurar o bem-estar e a proteção das crianças. Não é verdade que vamos agilizar um processo de adoção ou colocar crianças órfãs temporariamente em casas de pessoas estranhas. Temos abrigos para receber elas provisoriamente até que haja um processo regular de adoção.
Às 9h30 deste domingo, uma fila de pessoas interessadas em adotar uma criança começou a se formar na porta da sala improvisada para Inês. Dentre elas estava a pensionista Nilza Rocha Rodrigues.
- Eu vim porque ouvi que poderíamos adotar uma criança aqui. Já queria fazer isso há muito tempo e prefiro adotar uma que esteja precisando mesmo de carinho e amor diante dessa catástrofe.
Para a tristeza de Nilza, a juíza informou que os procedimentos de adoção que surgirem vão seguir normalmente conforme a lei, mesmo diante de uma situação de tragédia.
- Essas pessoas foram mal informadas. Não vão adotar ninguém aqui hoje. Esse é um processo cuidadoso, que exige triagem, adaptação, regulamentação. E também não é benéfico para a criança passar por diversas residências nesse momento de traumatismo.
Fonte - R7