quinta-feira, 12 de março de 2009

Quando falar sobre a adoção?


Como, quando e porque você deve falar com seu filho sobre suas origens.

"A criança pode suportar todas as verdades"
F. Dolto

Uma atitude muito importante para se preservar a saúde mental de uma criança é a de dizer claramente se ela foi adotada ou não. Dados clínicos nos mostram que a "mentira" dentro do contexto familiar, principalmente quando esta encontra-se atuando sobre a negação das origens de uma criança, atua como um fator que leva a situações patológicas.

A criança adotada se desenvolveu no útero de sua mãe biológica, na maioria das vezes em condições impróprias e sentindo-se rejeitada (sabe-se que o feto capta os estados emocionais da mãe e reage a eles). Os pais adotivos não podem negar esta "pré-história" do bebê, até porque ele mesmo viveu isso.

É claro que tais informações nunca chegarão a mente em forma de lembrança, mas isso não quer dizer que elas não estejam armazenadas em algum lugar deste indivíduo. O fato da "pré-história" do bebê ter sido "difícil" não significa que por isso ele será uma criança mais infeliz ou pior do que outra. A criança só terá prejuízos se a sua história gestacional não puder ser integrada a sua história pessoal.

Por que não se deve mentir?
Porque uma mentira nunca terá o status de verdade. Quando se mente sempre paira o "fantasma da verdade", sempre existem tropeços, enganos e um certo mal-estar familiar (por mais que os próprios pais muitas vezes não percebam isso). É é dentro desse contexto que se formam freqüentemente distúrbios psicológicos na infância.

Ao adotar uma criança você não precisa tornar público esse ato, mas é muito importante que ele seja dito em âmbito privado, isto é, na família.

Como e quando contar ao seu filho sobre a adoção?
Em primeiro lugar, gostaria de ressaltar que cada criança é diferente da outra, assim como cada família. Desta forma, não há como obter uma resposta padrão para essa pergunta.

É importante que os próprios pais possam ir sentindo o momento ideal. Uma grande dica para tal é tentar introduzir o assunto a partir de perguntas formuladas pela própria criança. Então, no momento em que a criança começar a formular perguntas do tipo: "Mamãe / papai ! como eu nasci?" ela estará dando um sinal de que vai ter respaldo de seu mundo interno para "compreender" o que lhe for explicado.

Sobre este "compreender" acho muito importante enfatizar que a linguagem e a forma de contar sobre a adoção para uma criança deve ser apropriada para a sua idade para que realmente haja compreensão e para que esta não seja traumática (quando a criança recebe uma informação em quantidade e qualidade incompatível para a sua idade).

A criança apreende o mundo de uma forma diferente do adulto, até porque seu potencial cognitivo ainda não foi totalmente desenvolvido. Portanto, procure falar com o seu filho da maneira mais próxima da sua compreensão, mostrando-lhe claramente o quanto você desejou e esperou a sua vinda ao mundo. Afinal, a adoção é um grande ato de amor. Não será bonito e saudável contar para o seu filho sobre essa história?

Fernanda Travassos
Psicoterapeuta
matéria retirada do site guiadobebe.uol.com.br

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