A Justiça vai determinar o que acontecerá com a menina recém-nascida encontrada em um bueiro, no último sábado (16), na Rua Jockey Clube, na zona oeste de Londrina. A criança continua internada no Hospital Universitário, pois foi abandonada ainda com o cordão umbilical, apresentando problemas de respiração, além de escoriações e trauma no crânio.
Apesar de todas as dificuldades, a bebê recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na segunda-feira (18) e está na enfermaria do setor pediátrico. A promotora da Infância e Juventude, Yara Raquel Faleiros, explicou que a menina deve ser encaminhada para um abrigo, assim que sair do hospital. Se não surgir nenhum parente em condições de tomar conta da criança, ela será encaminhada para adoção.
A mãe da menina irá responder a um processo criminal, já iniciado pela Polícia Civil, e perderá a guarda da menina. "Ela provavelmente não tem condições para criar essa criança. É um caso realmente da criança ser tomada dela, porque ela não tem condições de exercer o papel familiar. Essa criança sofreu violência ocasionada pela própria mãe, por isso ela irá para adoção provavelmente", explicou a promotora.
O abandono de menor é considerado uma violação grave dos direitos familiares, pois a mãe seria a pessoa responsável pela segurança da criança, mas a jogou em um bueiro com quase três metros de profundidade. A menina provavelmente só sobreviveu porque foi resgatada pelo manobrista Ozênio Pereira que levava um cavalo para pastar quando ouviu o choro da criança.
Ele e sua mulher mostraram interesse em adotar a criança e chegaram a tentar visitá-la no hospital, levando roupinhas e outros presentes. A promotora Yara Faleiros disse que o desejo dessa família não será atendido, pois existe um cadastro nacional de famílias que esperam por uma adoção e a fila precisa ser respeitada.
A Polícia Civil tem pistas sobre quem seria a mãe do bebê abandonado. Há a suspeita de que a mulher estaria na 35ª semana de gestação e seria usuária de drogas. Ela teria procurado o posto de saúde do Jardim Leonor há 20 dias, mas não voltou na data marcada para continuar o acompanhamento médico. A mãe poderá ser indiciada por tentativa de homicídio ou infaticídio, com pena variável entre 6 e 20 anos.
Fonte: Odiario/londrina
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