quinta-feira, 5 de maio de 2011

Queria um bebê da moda

Nota: Gostei, e estou aqui reproduzindo






Domingo estava em casa assistindo o Fantástico, quando Patrícia Poeta anunciou uma matéria sobre abandono de incapaz. No Centro de Operações da Polícia Militar de São Paulo, em menos de quinze dias, surgem três pedidos de socorro para casos de bebês abandonados. Mães que fazem isso respondem pelo crime de abandono de incapaz. Ao ouvir a manchete fiquei mais atenta. Tudo sobre crianças me chama atenção.

Conclusão, agora virou moda abandonar crianças recém-nascidas no país. Vamos lá, um bebê do sexo masculino com quatro ou cinco dias de vida, foi encontrado no quintal de uma casa da Vila Gustavo, região do Tucuruvi, zona norte de São Paulo. A mãe (mãe?) não teve sequer o trabalho de tirar a pulseira com o seu nome do pulso do menininho.

Em Jundiaí, uma mãe abandonou um prematuro, dentro do lixo, no banheiro de um hospital. A criança acabou morrendo. Ela alega que não sabia que estava grávida. Em Santos, outra “mãe” deixa o filho em uma caçamba de lixo.

O foco principal da reportagem mostrou que os bebês são abandonados pelas próprias mães. E elas agora vão ter que se explicar na Justiça. O crime é de abandono de incapaz e a pena vai de seis meses a três anos de prisão.

Então qual seria minha pena? Que gostaria de ter esses bebês na minha casa? Eu estou na fila de adoção há mais de quatro anos, esperando e contando que um dia uma mãe tenha coragem de em vez de jogar o bebê no lixo, que vá até ao Fórum, e entregue a criança ao Conselho Tutelar.

Por que essa e todas as outras mães não procuram uma instituição de guarda de criança para entregar o filho, explicando devidamente os motivos pelos quais não pode criá-lo?

Por que alguém acha que um constrangimento social, por maior que seja, pode justificar o ato de colocar em risco a vida de um ser indefeso desses?

Mesmo considerando o desequilíbrio e a fragilidade psicológica que costumam surgir neste momento do parto, até por transformações hormonais sofridas pela mulher, fica difícil de aceitar algo do tipo.

Essas mães – ou melhor, essas mulheres – porque mães elas jamais serão - deveriam ser punidas com maior rigor. Se toda mãe que julgar não ter condição de criar seu recém-nascido achar que a solução é abandoná-lo, a loucura estará estabelecida. Para aqueles que não sabem sou criada por minha tia Darci – desde os oito anos. Meus pais tiveram a coragem de achar que com ela seria mais bem criada. E hoje estou aqui, trabalhando e lutando pelos meus objetivos.

Então faço um pedido aqui, seja “MÃE”, procure o Conselho Tutelar e entregue a criança para a adoção. Seu bebê será cuidado e ficará a espera de uma nova família.

A mulher que entrega o filho para adoção em vez de abandoná-lo na rua não comete crime. Para mim, essa é a verdadeira mãe. E melhor, com o ato de amor, irá fazer outras mulheres “Mãe”. Porque eu realmente gostaria que qualquer bebê dessa moda fosse parar, não no lixo, mas dentro do meu lar.


fonte tathi@diariodemarilia.com.br

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