Quatro famílias respondem processo judicial em Jaraguá do Sul, enquanto 116 pessoas esperam na fila regularmente.
Publicado 05/05/2012
Quando uma família adota uma criança sem passar pela orientação de assistentes sociais e sem o acompanhamento judicial, a situação é considerada criminosa e os pais adotivos podem perder a guarda. “Adotar dessa forma não é um ato de amor e a família se baseia em uma mentira”, afirma o promotor.
Comum na região, a adoção irregular traz perigos para a família. Hoje, existem quatro casos sendo julgados em Jaraguá do Sul e Corupá. Para o promotor Meira Luz “quando a situação não é regularizada, todos vivem com medo de uma visita do oficial de justiça ou com constrangimento de os pais biológicos, e não os adotivos, estarem registrados”. A partir de agora, começa uma campanha de esclarecimento para que esses casos sejam denunciados por vizinhos, professores e funcionários do posto de saúde.
Essas famílias não respeitam a fila de adoção,que hoje, em Jaraguá do Sul, tem 116 pretendentes.“Para adotar legalmente não é difícil e nem demorado no que depende do poder judiciário. Entre a entrega dos documentos no fórum e a sentença de que o candidato é apto leva de dois a seis meses. O que mais demora é encontrar a criança no perfil desejado”, esclarece Meira Luz.
Para ajudar pessoas que querem adotar uma criança, o Setor Psicossocial do Fórum realiza toda última sexta feira do mês, às 17h30, uma palestra de esclarecimento das dúvidas. Priscila Larratea Goyeneche, assistente social, acredita na importância do suporte dado às mães que não podem permanecer com seu filho. “A gente orienta que, se a mãe não pode criar o filho, que ela entregue para o processo de adoção sem culpa. Nós não penalizamos e nem julgamos essas famílias, queremos é dar um acompanhamento correto para essas crianças”, salienta ela.
Fonte:http://www.ocorreiodopovo.com.br/seguranca/adocao-legal-casos-irregulares-na-mira-da-justica-9682870.html
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