sábado, 14 de janeiro de 2012

RELACIONAMENTOS ENTRE PAIS E FILHOS ADOTIVOS

Relacionamento entre pais e filhos adotivos é ainda mais amoroso


Afetividade nas famílias adotivas foi pesquisada pela psicóloga Lídia Weber. Filhos adotivos demonstraram estar mais felizes com os pais do que os filhos biológicos.
DULCINÉIA NOVAES

Curitiba

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A professora Hália Pauliv de Souza não se imagina sem as filhas. Renata e Fernanda foram adotadas assim que nasceram. Uma das primeiras adoções dentro da lei registradas no país. Em uma época que adotar uma criança era um tabu, dona Hália enfrentou o preconceito e venceu. Adotou as duas meninas legalmente e nunca escondeu das filhas que elas eram adotivas.
Dona Hália inventava histórias, criava personagens, usava a fantasia para ensinar às filhas que elas pertenciam a uma família que não era nem melhor nem pior do que as outras.
"Na verdade, nunca fez muita diferença saber da adoção ou não. O que importava era saber que sempre fomos uma grande família, com muito amor. Isso é o que mais vale", diz a psicóloga Renata Casanova.
"Quando as pessoas se preparam para adotar, elas se preparam para dar amor de uma maneira mais incondicional. Com isso, você acaba sendo uma pessoa melhor. Você dá aquilo que tem de mais especial para aquela criança", acrescenta a publicitária Fernanda Pauliv de Souza.
Hoje, dona Hália é uma especialista no assunto adoção. É professora voluntária em um curso obrigatório para casais que querem adotar filhos em Curitiba. Exigência da Vara da Infância, Juventude e Família da cidade.
Nas aulas, ela dá conselhos: "O que está marcado para nós acontece. Não precisa ficar batendo o pé porque quer um bebê com tal idade, de olho claro".
E revela muito da própria experiência: "A gente passou por várias dificuldades. As meninas não eram convidadas para as festas e aniversários dos amigos porque eram as enjeitadas".
O bancário Sandro Taques Guimarães e a fonoaudióloga Neila Cavalcanti estão com a lição na ponta da língua. Casados há dez anos, eles se preparam para adotar o primeiro filho. "Sentimos que a criança já está junto de nós. Não importa se é menino ou menina – o amor que sentimos é por um filho que já está gerado em algum lugar", diz Sandro.
A afetividade nas famílias adotivas foi pesquisada pela psicóloga Lídia Weber, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR). E quantas surpresas ela descobriu. Doutora Lidia perguntou a adolescentes o que achavam de seus pais. A resposta foi inesperada:
os filhos adotivos demonstraram estar mais felizes com os pais do que os filhos biológicos.
"A família por adoção parece que tem um valor maior para aquele filho. Ela entende que um filho é muito valorizado e investe nisso", explica a psicóloga.
A família Moraes é um exemplo da pesquisa realizada por doutora Lídia. Maria Cláudia e Gil Guilherme foram adotados ainda bebês e cresceram sabendo disso. Hoje, na adolescência, encaram com naturalidade e demonstram sem nenhum constrangimento o amor pelos pais.
"Minha família é tudo para mim. Eu amo muito todos", declara Gil Guilherme.
"Eles são a minha base, meu exemplo", completa Maria Cláudia.
Os pais adotivos, tanto quanto os biológicos, também foram entrevistados. E novas surpresas apareceram. "Os pais por adoção mostraram maior satisfação conjugal, maior resiliência – ou seja, maior capacidade de enfrentar a vida – e maior altruísmo. Eu não posso pensar só em mim, tenho que pensar também nos outros", revela Lídia Weber.
Para o dentista Gilson Claser Moraes e a mulher dele, Cláudia, que ainda tiveram João Vitor depois das duas adoções, o segredo de uma convivência sem conflitos está no amor e na transparência.
"A verdade é fundamental. Chega uma hora que você diz: 'Agora ele vai entender'. Dá um medinho de qual vai ser a reação. Mas foi muito tranquilo. A gente não se imagina sem eles", diz Gilson Claser.
Um aprendizado para a vida? Em uma casa, a matemática não dá conta de resolver a equação familiar. Antônio casou-se com Marta. Tiveram Ramiro e Manuela e adotaram Felipe, que tem uma irmã, Hellen, adotada por Odair e Vera. Fabíola casou-se com Ramiro, filho de Marta e Antônio. E Fabíola levou para a família Luíza e Pedro, filhos dela do primeiro casamento. Pode ser difícil entender depressa. Mas não é que tantos laços diferentes deixaram o grupo ainda mais unido?
A reviravolta na casa começou com a chegada de Felipe, ainda bebê, há nove anos. E de Hellen e toda a família dela, três anos depois.
"Foi uma decisão que nós tomamos no dia em que fomos informados que ela tinha um irmão. Nós iríamos procurar a família que estava com o irmão da Hellen – no caso, o Felipe – para que eles se conhecessem e convivessem em conjunto", conta Odair Braun, pai de Hellen.
Desde então, os Ortiz e os Braun não se desgrudam. "O sentimento é de como se fôssemos irmãos, mas temos curiosidade para descobrir na língua portuguesa como é o nome dessa nossa relação de parentesco", diz o administrador Antônio Augusto Ortiz.
Manuela e Ramiro já eram adultos quando ganharam o irmão caçula. E foram os que mais incentivaram a adoção de Felipe.
"A gente espera que mais pessoas tenham a oportunidade de um dia chegar a ter uma família do tamanho da nossa. Uma família que era pequena em Curitiba hoje é enorme", diz a assistente financeira Manuela Ortiz.
Na conservadora Curitiba dos anos 70, dona Hália abriu caminhos. A experiência virou livro, o primeiro a falar de adoção no Brasil. "A criança tem que nascer dentro do coração das pessoas, do peito, da alma. Então, a criança que chega não tem nosso código genético, nosso DNA físico, mas vai ter o DNA da nossa alma", constata.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Verão sem mosquitos

Olá amigos do Grupo,
Desejamos a todos um ano repleto de conquistas, sucesso, prosperidade e muita saúde e harmonia.  Mais um ano juntos e prontos para os desafios que nos aguardam.  Os desafiios nos fazem crescer! Amigos, todos sabemos que em muitos locais verão e mosquito são sinônimos. Também sabemos que eles podem transmitir doenças, alergias, sem falar no incomodo que causam.  As crianças são as maiores vítimas, e sofrem com o ataque dos insetos.  Podemos utilizar telas protetoras de insetos ou repelentes, dependendo da circunstância. A utilização de repelentes é rápida e simples, mas eles não são baratos. Na tentativa de levar algum conforto às crianças abrigadas, estamos lançando a CAMPANHA DOE UM REPELENTE!!!
Os repelentes arrecadados serão distribuidos para as instituições que atendem crianças e adolescentes.
Sua contribuição poderá ser entregue no Instituto de Psicologia SENTIR, Rua 916 nº 461.  Vamos participar, verão sem mosquitos é verão mais saúdavel! 

Quem Somos Nós

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Balneáorio Camboriú, SC., Brazil
O GEAA Anjos da Vida é uma entidade sem fins lucrativos, cuja visão é de apoiar A ADOÇÃO de todas as formas. Procuramos atender aos Pais adotivos, filhos do coração, e famílias extensivas. Nossa maior conquista é ser um dos primeiros grupos de apoio à adoção do Estado, em parceria com o poder judiciário de SC, e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, ministrar o curso de preparação de postulantes à adoção. Membros da Equipe do GEAA Anjos da Vida: Lenita Novaes: Psicóloga e Coordenadora Geral Indiana Menon: Psicóloga Carolina Voltolini: Psicóloga Noemi Loser: Mestre em Pedagogia Archille Mazzi: Advogada Grasiela Teixeira: Auxiliar Administrativo Deolinda: Assistente Social Juarez Furtado: Médico Pediatra Aline Radloff: Nutricionista Venham nos conhecer!!!